Dessa forma, a PUC-SP contribui com a transformação de um modelo de segurança pública velho, exaurido, em um novo paradigma tanto em termos da segurança pública como em termos de novas estruturas de órgãos policiais, comprometidos com a defesa da dignidade da pessoa humana, com a defesa da vida e do bem-estar social dos cidadãos e das cidadãs brasileiros, tornando a segurança pública um direito fundamental, sob a prevalência dos direitos humanos, propiciando ao povo e aos policiais a possibilidade de galgarem patamares superiores de cidadania, na construção de uma cultura de não-violência, de uma cultura da paz.
De importante, a Conferência Livre de Segurança Pública da PUC-SP fez relevante reflexão sobre as diversas manifestações da violência e da criminalidade, decorrentes de uma sociedade marcada por profunda desigualdade social, alta concentração da riqueza e uma das piores distribuições de renda do mundo. A impunidade, especialmente daquelas pessoas que detém poder econômico e influência política, com altos índices de corrupção e de uma elite despojada de padrões éticos e morais, que banaliza a violência e a criminalidade e, tanto pior, privatiza o Estado e suas instituições para preservar o status quo.
Nesse sentido, a Conferência Livre de Segurança Pública da PUC-SP buscou a consolidação de um novo conhecimento pautado pela interlocução científico produzido na Universidade com o saber técnico dos profissionais da área da Segurança Pública, fortalecido com o saber e a legitimidade dos movimentos populares e sociais que por último definem qual o paradigma de Segurança Pública devemos construir. Veja, logo abaixo, a integra o resultado, todos os princípios e diretrizes que foram extraídos da conferência.